Caio César Braga (PDT) entregou ofício à mineradora e continua sem respostas conclusivas.
Um mês antes do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, o vereador de Brumadinho Caio César Braga (PDT) questionou a Vale sobre as condições de segurança do complexo. No dia 19 de dezembro, ele entregou um ofício à mineradora, mas não recebeu nenhuma resposta conclusiva da empresa.
Na ocasião, o parlamentar realizou uma vistoria de cinco horas no local, onde conversou com funcionários sobre prevenção de acidentes. “Eu falei assim: mas qual a possibilidade de 1 a 10 para essa barragem romper? Eles falaram assim… A gente fala que risco zero não tem. Mas teria que chover um dilúvio se fosse para aquela barragem romper”, contou Caio César Braga à GloboNews.
O documento levantava dúvidas sobre a existência de um programa de segurança e prevenção de acidentes e de treinamentos junto às comunidades próximas às regiões possivelmente afetadas por um rompimento.
Durante a visita, os técnicos da Vale mostraram ao vereador um aparelho capaz de medir a pressão do solo e alertar sobre um eventual problema, e disseram que o equipamento trabalhava com precisão. Caio César Braga pretende acionar o Ministério Público se as perguntas não forem respondidas até semana que vem.
Em nota, a Vale confirmou o recebimento do documento e afirma que, para respondê-las, seriam necessárias informações de diferentes áreas da empresa. A mineradora disse que a barragem foi inspecionada no dia 21 de dezembro. Até agora, 114 dos 121 mortos foram identificados. Há ainda 205 pessoas desaparecidas e outras 394 que foram localizadas com vida.