TJ determina que Vale adote medidas de emergência em Itabirito por causa de barragens em Ouro Preto

TJ determina que Vale adote medidas de emergência em Itabirito por causa de barragens em Ouro Preto

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou que a Vale adote medidas de emergência para garantir a segurança da população de Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com ação civil pública proposta pelo Ministério Público, a medida é preventiva para em eventual rompimento das barragens de Forquilha I, II e III, na Mina da Fábrica, em Ouro Preto.

Moradores que vivem no entorno destas estruturas e da barragem de Vargem Grande, e, Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram obrigados a deixar suas casas nesta quarta-feira (20). Ao todo, de acordo com a mineradora, cerca de 125 pessoas são afetadas.

A juíza Vânia da Conceição Pinto Borges, da 1ª Vara Cível de Itabirito, determinou que a empresa, em 72 horas, providencie rotas de fuga e pontos de encontro, implante sinalização de campo e sistema de alerta; defina e apresente as estratégias para evacuação e resgate da população com dificuldade de locomoção; realize o cadastramento de residências e outras edificações existentes na área de impacto; informe a população de Itabirito sobre essas medidas, por meio de comunicação nas rádios locais, e proceda à distribuição de panfletos indicativos, de modo que a população saiba exatamente como proceder, em caso de rompimento das barragens.

Em sete dias, a Vale também deve providenciar treinamentos; melhorar a iluminação nos locais em que for necessário e apresentar estrutura logística em eventual rompimento.

No início da tarde, moradores abandonavam imóveis por causa de barragens da Vale — Foto: Reprodução/TV Globo
No início da tarde, moradores abandonavam imóveis por causa de barragens da Vale — Foto: Reprodução/TV Globo

Foi fixada multa de R$ 1 milhão por dia de atraso, em caso de descumprimento.

A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Itabirito instaurou inquérito no dia 6 de fevereiro para “salvaguardar os interesses ambientais e da população potencialmente atingida por um eventual rompimento das barragens de Forquilha I, II e III, de propriedade da Vale, localizadas no município de Ouro Preto, região Central do estado.”

Segundo o MP, os mapas fornecidos pela Vale mostram que os rejeitos atingiriam o centro de Itabirito, além dos bairros Padre Adelmo, São Geraldo, Santa Efigênia, Santa Tereza, Boa Viagem, Praia, Lurdes, Capanema, Nossa Senhora de Fátima e Esperança.

A Vale informou que não foi notificada sobre essa decisão.

FONTE: G1

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