Testemunhas são ouvidas em processo criminal do desastre de Mariana, diz MPF

Testemunhas são ouvidas em processo criminal do desastre de Mariana, diz MPF

Ação tem como rés 22 pessoas e as empresas Samarco, Vale, BHP Billiton e VogBR por causa do rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 2015.

 

Vista aérea do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, após o rompimento de barragens de rejeitos da mineradora Samarco — Foto: Ricardo Moraes/Reuters

 

Testemunhas de acusação são ouvidas nesta quarta-feira (12) na Vara da Justiça Federal em Ponte Nova, na Região da Zona da Mata de Minas Gerais, no processo criminal que tornou rés 22 pessoas e as empresas Samarco, Vale, BHP Billiton e VogBR por causa do desastre com a barragem de Fundão, em Mariana, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).

O desastre ocorrido em 5 de novembro de 2015 matou 19 pessoas. A barragem de Fundão abrigava cerca de 56,6 milhões de m³de lama de rejeito. Desse total, 43,7 milhões m³ vazaram. Os rejeitos atingiram os afluentes e o próprio Rio Doce, destruíram distritos e deixaram milhares de moradores da região sem água e sem trabalho.

Vinte e duas pessoas foram arroladas pelo MPF. Nesta quarta-feira, a previsão é de quatro depoimentos. As oitivas devem se estender até o dia 26 deste mês.

Conforme o MPF, os primeiros a falar são uma engenheira terceirizada da Samarco, que teve conhecimento de trincas na barragem; um funcionário terceirizado da Samarco que estava na barragem na hora do rompimento; um servidor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), que constatou dutos da Vale que faziam deposição de lama na barragem; e um membro do órgão externo de consultoria da Samarco, que tratava da segurança da barragem.

FONTE: G1

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