Dois ambientalistas de Varginha (MG) percorreram mais de 240 km de caiaque durante 12 dias.
Uma expedição de 12 dias pelas águas do Rio Verde revelou toda a poluição acumulada no rio, que banha várias cidades do Sul de Minas. Ao todo, dois ambientalistas de Varginha (MG) percorreram mais de 240 km de caiaque. No caminho, encontraram de tudo.
“Achamos de tudo: televisão, velotrol, carrinho elétrico, muito capacete de moto, muita embalagem plástica. As pessoas me perguntam o porquê de fazer essa expedição agora. Faço porque ainda não começou a chuva e você só vê essas coisas agora. Com o rio cheio, o rio vai levar tudo e a água já se torna amarelada de barro. Então você só vai ver essas degradações do rio nesta época”, conta o ambientalista Ronipeterson Landim Costa.
A expedição, que começou por Itanhandu, termina nesta terça-feira (18) no Pontalete, em Três Pontas (MG). Segundo o ambientalista, além da sujeira encontrada, foi possível constatar o tanto que o trabalho as dragas têm afetado o rio.
“As dragas estão destruindo muito o rio, principalmente na região de São Lourenço. Eles vão no barranco para tirar a areia fina, que vale mais e quando acontece essa extração que está abaixo da superfície da terra, acaba que vem desmoronando e desbarrancando. Existe uma quantidade enorme de árvores caídas”,conta o ambientalista.
Além de registrar a poluição em fotos e vídeos, o ambientalista também coletou amostras da água, que agora serão enviadas para análise em laboratório. O resultado disso será um relatório que será enviado posteriormente ao Ministério Público e autoridades do meio ambiente.
Após todo esse trabalho, o ambientalista chegou à uma triste constatação. Duas cidades da região são as campeãs em poluição do Rio Verde.
“São Lourenço e Três Corações são as cidades que mais poluem o Rio Verde, absurdamente. Em São Lourenço é demais. Eu até fico espantado de ver uma cidade turística, hidromineral, com um rio que se passa dentro. Ali devia estar cheio de gôndolas com turistas, mas a margem do rio é degradada pelos moradores das casas que fazem fundo com o rio”, diz Ronipeterson Landim.
FONTE: G1