Historicamente, agosto, setembro e outubro são meses em que ocorrem um aumento expressivo das queimadas em áreas florestais, sejam clandestinos ou involuntários. Muito se deve ao tempo seco, a baixa umidade e ventos fortes, que favorecem o aparecimento de focos de incêndio.
Por isso, o Sindicato dos Servidores Estaduais do Meio Ambiente e da Arsae (SINDSEMA-MG) lança no mês de agosto a campanha “ALERTA MINAS” para chamar a atenção da sociedade sobre os riscos das queimadas e manejo errado do fogo em unidades de conservação, parques, áreas rurais e também em centros urbanos.
Dados dos órgãos responsáveis pelo controle de incêndios revelam que é a ação humana uma das principais causas para as queimadas que destroem as matas e florestas. Isso quer dizer que neste período de aumento de ocorrências, boa parte são causadas, por exemplo, com fogo para limpar terreno e, com o tempo seco e baixa umidade, essa prática favorece o aparecimento de focos de incêndios.
“O que ocorre é que durante este período quase não existem incêndios naturais. Os monitoramentos mostram que, muitas vezes, as pessoas, ao usarem o fogo para limpar o terreno para o plantio, ou simplesmente deixar livre de ervas daninhas, neste período do ano acabam favorecendo o alastramento do fogo”, alerta a presidente do SINDSEMA MG, Regina Pimenta
Palito fósforo na mão
O Gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do IEF em Minas Gerais, Rodrigo Bueno, da Força Tarefa Previncêndio, explica que o papel do órgão é monitorar, organizar e ajudar a trazer recursos, chamados de extraordinários, como aeronaves e mais efetivo humano.
“Mas incêndio florestal não é só uma questão de estrutura”, alerta. “Não é só o parque estar bem estruturado para não acontecer. O fator climático é preponderante, por isso talvez os últimos anos tenham sido tão críticos em razão das secas históricas”, explica. Por isso, Rodrigo ressalta que o objetivo é sempre trabalhar com a prevenção e o combate.
“A sociedade, a população de uma forma geral, é que tem a chave da mudança na mão. Por mais que o governo aporte recurso, que nossos servidores estejam empenhados, a mudança precisa vir do cidadão comum, é ele que tem o palito de fósforo na mão”, diz. “O esforço para gerar um incêndio é muito pequeno e desproporcional se comparado ao aparato necessário para apagar o incêndio”, compara.
Prejuízos causados são maiores
A presidenta do Sindsema, Regina Pimenta, alerta que a campanha tem a principal intenção de colocar o tema mais em pauta, porque as iniciativas de precaução ainda não são suficientes para conscientizar a população como um todo.
Regina lembra também que incêndio florestal é um crime ambiental previsto no artigo 41 da lei nº 9.605/98, cuja pena aplicável é de 2 a 4 anos de reclusão e pagamento de multa.
“Precisamos divulgar mais campanhas, não só do Sindsema, mas de todas as entidades e organizações envolvidas com a preservação e o meio ambiente. Só assim chegaremos até mais pessoas e vamos conseguir bons resultados”, ressalta.
“Queremos fazer uma reflexão junto com toda a sociedade sobre os impactos diretos dos incêndios, que não são apenas a destruição das florestas, envolve muitos outros prejuízos como a falta de energia, o comprometimento da qualidade da água e do ar, a morte de animais e outros”, finaliza.
Conexão Sindsema
Assista ao EP 03 do programa CONEXÃO SINDSEMA, em que o Sindicato tratou mais uma vez sobre a questão do combate aos incêndios florestais.
No mês de setembro, o SINDSEMA prepara uma novo programa com objetivo de de alertar a população sobre os perigos e prejuízos causados pelas queimadas.
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