Prefeitos de cidades mineradoras vão a Brasília para cobrar soluções para o setor

Prefeitos de cidades mineradoras vão a Brasília para cobrar soluções para o setor

Integrantes da Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig) e o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração se reuniram nesta terça-feira (5) em Brasília. O encontro foi para discutir soluções para o setor depois do rompimento da Barragem de Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pertencente à Vale.

Eles pediram à entidade que lidere as atividades de desativação das dez barragens que fazem alteamento a montante, estrutura semelhante as de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais.

De acordo com a Amig, a paralisação das atividades da mineradora traz impactos na arrecadação dos municípios e o que se reflete nos investimentos em saúde, educação e infraestrutura.

“Nós vamos perder só da Vale, R$ 1 milhão”, disse o prefeito de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, Zelinho (PSDB).

Na reunião foi solicitada uma reestruturação da Agência Nacional de Mineração para dar mais agilidade às demandas das cidades mineradoras e para que as ações de fiscalização e segurança de barragens sejam mais efetivas.

“Os municípios são 100% a favor de qualquer barragem que ofereça risco seja interrompido imediatamente, mas também são 100% a favor que a mineração consiga um modelo imediato de se continuar a operação para que os municípios, estados ou país não tenham um caos social implantado”, disse o representante e consultor de relações institucionais da Amig, Waldir Salvador de Oliveira.

Promessa antiga

O anúncio do presidente da Vale, Fabio Schvartsman, em acabar com as barragens a montante em Minas Gerais, modelos adotados em Brumadinho e Mariana, é uma promessa antiga da mineradora.

Segundo nota da própria empresa divulgada nesta quinta-feira (31), o descomissionamento das 19 estruturas existentes no estado já havia sido determinado em 2016, ano da tragédia provocada pelo rompimento da barragem da Samarco, pertencente à Vale e à BHP Billiton.

“Ao longo dos últimos anos, todas elas tornaram-se inativas e mantiveram os seus laudos de estabilidade emitidos por empresas especializadas e independentes”, diz mineradora.

Nove delas teriam sido descomissionadas. O processo encerra o uso da barragem. A estrutura restante é reincorporada ao relevo.
FONTE: G1
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