São sete medidas que visam recuperar o Rio Doce, atingido pelo desastre ambiental que alcançou 39 cidades ao longo da bacia hidrográfica que vai de Mariana até Regência, no Espírito Santo.
O rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em 2015, fez como uma de suas grandes vítimas a bacia hidrográfica do Rio Doce. Foram 39 cidades atingidas, sendo 35 delas mineiras e quatro no Espírito Santo. Com o objetivo de traçar metas e apontar soluções para a recuperação do rio, e para a melhoria de vida das pessoas que dependem do Rio Doce para ter acesso a água, comida e trabalho, a União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) publicou nesta segunda-feira (24) um relatório identificando pontos críticos e ações a serem tomadas pela Fundação Renova, entidade responsável por programas de recuperação do rio.
O relatório intitulado “Os impactos do rompimento da Barragem de Fundão – O caminho para uma mitigação sustentável e resiliente”, traz uma síntese do acidente que, além de devastar a vida animal e a vegetação ao longo do Rio Doce, vitimou 19 pessoas. A população de Governador Valadares e Colatina ficou desabastecida de água potávelpor vários dias. Os resíduos alcançaram os litorais capixaba, baiano e fluminense.
Em outro trecho o relatório enumera as consequências do desastre, como: deterioração da qualidade da água, perda de patrimônio cultural, problemas de abastecimento, perda de capacidade de subsistência, postos de trabalho, entre outros pontos.
A análise da UICN foi conduzida pelo Painel Independente do Rio Doce e resultou em sete recomendações. Sugere-se que a Renova assuma uma abordagem de gestão adaptativa, além de desenvolver e implementar um plano de compartilhamento de dados e informações. Além disso, o relatório recomenda por mais engajamento de governos, sociedade civil e setor privado para solucionar problemas já amplamente reconhecidos, como tratamento de esgoto e desmatamento.
A Fundação Renova informou que o relatório entregue nessa segunda foi recebido como importante instrumento para avaliar a eficiência das soluções desenvolvidas até então. “As recomendações encomendadas acolhem todas as questões chave de uma forma abrangente e colaboram para que os programas sejam robustos e efetivos”, diz a nota.
FONTE: G1