Concentrando 15% das espécies de animas e plantas mundiais, para Wagner Ribeiro, Brasil ainda não reflete sobre importância da biodiversidade
São Paulo – Recentemente, cientistas manifestaram que a importância do Brasil na biodiversidade é maior ainda do que se já se cogitou. Apesar dessa constatação, o professor do programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP) Wagner Ribeiro alerta: a posição de destaque que o país poderia ter frente à discussão, é fragilizada por conta da ausência de políticas de preservação e punição por parte de agentes que prejudicam a natureza.
A exemplo do desastre ambiental do rompimento da barragem de Fundão, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, operada pela empresa Samarco e da contaminação de rios por parte de setores que utilizam agrotóxicos, Ribeiro critica – em seu comentário na Rádio Brasil Atual –, que a flexibilização e a falta de fiscalização do governo federal sobre o “acervo” da biodiversidade disponível no Brasil, que chega a concentrar 23% de todos os peixes de água doce do mundo.
“É preciso coibir essas ações e ter muita cautela com o ambiente porque nós temos no Brasil um acervo que é muito expressivo, inclusive na escala mundial”, afirma o docente. O estudo “O Futuro dos Ecossistemas Tropicais Hiperdiversos”, divulgado em julho na revista Nature, aponta ainda que 15% das espécies de animais e plantas mundiais estão em território brasileiro.
Para Ribeiro, a expressiva biodiversidade registrada e a sua conservação poderiam ser usadas como principais vetores de desenvolvimento do país. “O Brasil poderia ser referência na implementação desse modelo”, finaliza o docente.
FONTE: Rede Brasil Atual
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