O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) acaba de publicar o Encarte da Qualidade das Águas do Rio Doce, dois anos após o rompimento da Barragem de Fundão, pertencente à Samarco Mineração S.A. e localizada no distrito de Bento Rodrigues, município de Mariana (MG). O estudo, que teve início em 2015, incluiu a coleta em 12 pontos da calha do Rio Doce, sendo estes pontos coincidentes com os pontos do monitoramento executados no programa Águas de Minas.
A seleção dos pontos de monitoramento teve o intuito de facilitar a interpretação dos resultados, uma vez que já existe série histórica robusta (cerca de 20 anos) e seria possível uma comparação com os dados de monitoramento já realizada pelo IGAM ao longo dos últimos anos. Devido ao volume de rejeitos e dificuldade de acesso nos pontos de monitoramento do rio do Carmo, o monitoramento neste rio teve início somente a partir do dia 21 de novembro de 2015.
Para a avaliação da qualidade águas superficiais, no âmbito desse monitoramento, foram selecionados 18 parâmetros: condutividade elétrica in loco, oxigênio dissolvido, pH in loco, temperatura, sólidos totais, sólidos dissolvidos totais, sólidos em suspensão totais, turbidez e arsênio total, bem como os metais: alumínio dissolvido, ferro dissolvido, cobre dissolvido, cromo total, cádmio total, chumbo total manganês total, mercúrio total e níquel total.
Além disso, foi implantado em 25 de novembro de 2015 um ponto de monitoramento no rio Gualaxo do Norte (RD011) e, para subsidiar as interpretações e tomadas de decisão, foi realizada análise de metais em sedimentos. Dessa maneira, a rede dedicada ao monitoramento especial do rio Doce totaliza 14 estações, sendo 12 na calha do rio Doce e duas em seus afluentes: Rio do Carmo e Rio Gualaxo do Norte.
Desde o rompimento da Barragem de Fundão até os dias atuais, o IGAM vem realizando de forma sistemática o monitoramento na bacia do Rio Doce, consolidando periodicamente os dados na forma de relatórios técnicos e boletins informativos, com o intuito de orientar as ações dos órgãos competentes, tanto na esfera estadual quanto na nacional, bem como para fornecer à sociedade o conhecimento da situação da qualidade das águas atingidas pelo desastre.
Confira o material completo aqui.
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