Governo de Minas revoga 47 demissões do meio ambiente

Governo de Minas revoga 47 demissões do meio ambiente

Voltaram aos cargos seis funcionários da Secretaria de Meio Ambiente, 33 do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e oito do Instituto Mineiro de Gestão de´Águas (IMGA)

 

Servidor de carreira, Germano Vieira foi mantido por Zema na Secretaria de Meio Ambiente, e agora sua equipe volta aos cargos
(foto: Guilherme Bergamini/ALMG )

 

O Minas Gerais desta sexta-feira trouxe a revogação da exoneração de 47 servidores comissionados ligados à área do meio ambiente no estado. Os funcionários haviam sido desligados por decreto assinado e publicado por Romeu Zema (Novo) em 1º de janeiro, mesmo dia em que foi empossado governador. O texto exonerava todo e qualquer servidor de cargos comissionados – totalizando cerca de 6 mil pessoas. O comando da pasta, porém, continuou com Germano Luiz Gomes Vieira, servidor de carreira, que foi secretário durante a gestão de Fernando Pimentel (PT).

Voltaram aos cargos ontem seis funcionários da Secretaria de Meio Ambiente, 33 do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e oito do Instituto Mineiro de Gestão de´Águas (IMGA). Algumas gratificações que havia sido retiradas também foram concedidas. Em entrevista ao Estado de Minas, logo depois de eleito, Zema elogiou o desempenho da equipe da secretaria e disse que a estrutura da pasta ficaria “intocada”, ainda que levasse adiante a proposta de fundir a pasta com a Secretaria de Agricultura. A medida não foi concretizada. Antes mesmo de tomar posse, o governador nomeou a engenheira florestal Ana Maria Soares Valentini para a Agricultura. Na ocasião, Zema ainda defendeu uma legislação mais rígida para evitar desastres como o rompimento da Barragem do Fundão, da Samarco, em Mariana.

Também foram recontratados ontem servidores ligados às secretarias de Cultura, Agricultura, Planejamento, Esportes, Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Agrário, e Controladoria-Geral do Estado (CGE).

Hoje, termina o prazo para a renomeação de servidores que tenham sido exonerados. Com a alegação de manter serviços “emergenciais e contínuos”, a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) distribuiu na sexta-feira passada um comunicado a gestores e setores de recursos humanos delegando aos titulares de órgãos e entidades a prerrogativa de encaminhar à pasta uma solicitação fundamentada para as renomeações. Comissionados começaram a voltar para a folha do Executivo no dia seguinte.

A medida foi tomada diante da constatação de que vários serviços foram prejudicados pela exoneração em massa de trabalhadores. Antes do decreto de Romeu Zema, em 31 de dezembro o então governador Fernando Pimentel (PT) havia decretado a perda dos cargos apenas de direção e chefia. Ao completar as exonerações no dia seguinte, o novo governo alegou que o decreto foi para “reparar” o ato do petista. Em nota, a Seplag havia dito que estavam resguardados todos os “serviços essenciais”. No comunicado distribuído sexta-feira passada, foi estabelecido para hoje o prazo para readmissão ou desligamento definitivo do funcionário da estrutura de recrutamento amplo.
Leia mais sobre o governo zema no caderno de Cultura

 

FONTE: Estado de Minas

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