Forquilha 1, 2 e 3 fazem parte do Complexo Forquilha 1, 2 e 3
Fiscais da Agência Nacional de Mineração vistoriaram nesta terça-feira (5) três barragens da Vale em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais.
Três engenheiros participaram da fiscalização no Complexo Forquilha 1, 2 e 3, onde ficam as barragens Forquilha 1, 2 e 3 todas construídas pelo sistema a montante, como a que se rompeu em Brumadinho no dia 25 de janeiro.
O complexo fica perto das cidades de Congonhas, a 9 quilômetros, e de Ouro Branco, a 17 quilômetros.
Segundo os fiscais, o plano de emergência mostrado nesta terça-feira pela empresa afirma que não há instalações ocupadas por trabalhadores no caminho da lama em caso de um eventual rompimento.
O documento indica ainda que os rejeitos chegariam a Itabirito em três horas. Tempo suficiente, segundo os fiscais, para alertar e retirar os moradores da cidade.
“O objetivo é tentar tranquilizar a população que agora geram pânico, meio que generalizado, mas a gente está tentando atuar junto a Defesa Civil, junto com a Feam do estado e tentar passar uma outra informação para população para ela ter tranquilidade de que está atuando, de que a fiscalização está atuando”, disse o engenheiro Luiz Henrique Passos Rezende.
Desde o começo da semana, a Justiça de Minas Gerais proibiu a Vale de lançar rejeitos ou realizar qualquer atividade nestas três barragens e em outras cinco estruturas.
Ali, segundo os técnicos, o maior risco é de contaminação do solo por arsenopirita, que é um material tóxico. Os fiscais recomendaram medidas para combater problemas como a limpeza de canaletas e sinais de erosão que podem comprometer as estruturas.
A Vale informou que as barragens de Forquilha 1,2 e 3 já estavam inoperantes e fazem parte do plano de descomissionamento, que é a desativação e retirada dos rejeitos da barragem. A empresa informou ainda que elas estão devidamente licenciadas e possuem atestados de estabilidade vigentes. A empresa vai recorrer da decisão da Justiça.
FONTE: G1