O diretor da ONU para o Meio Ambiente, Erik Solheim, renunciou ao cargo nesta terça-feira por causa de questionamentos derivados de uma auditoria que determinou gastos excessivos em suas viagens, informaram funcionários do organismo.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, confirmou que o secretário-geral, António Guterres, tinha aceitado sua renúncia. O último dia de Solheim no trabalho será na quinta-feira.
Dujarric disse que Solheim tinha sido “uma das principais vozes a chamar atenção do mundo sobre os desafios ambientais críticos”. Contudo, não especificou que as conclusões da auditoria não tinham levado a sua renúncia.
“O secretário-geral se compraz em ver que o PNUMA está comprometido em implementar as recomendações que figuram no informe da OSSI (Escritório de Serviços de Supervisão Interna da ONU)”, limitou-se a dizer.
Solheim, ex-ministro do Meio Ambiente da Noruega, estava à frente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com sede em Nairóbi (Quênia), desde junho de 2016.
Uma auditoria interna do organismo descobriu que Solheim havia gastado quase 500.000 dólares em viagens e que realizou gastos injustificados em um momento em que o organismo mundial está lutando contra a redução de seu orçamento.
O OSSI tinha questionado a necessidade de Solheim fazer tantas viagens.
Além disso, suas frequentes viagens geraram acusações de que ele demonstrava pouca consideração pelo meio ambiente e se esforçava pouco, pessoalmente, para reduzir as emissões de carbono geradas com seus traslados de avião.
A renúncia de Solheim acontece pouco antes das importantes negociações que começarão na Polônia em 2 de dezembro sobre a implementação do acordo climático de Paris.
A subdiretora do PNUMA, Hoyce Msuya, da Tanzânia, vai substituir temporariamente Solheim, enquanto Guterres analisa quem ocupará a vaga.
FONTE: ESTADO DE MINAS
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