O Dia Nacional do Cerrado foi criado em 2003 com o intuito de chamar a atenção para o segundo maior bioma do Brasil, que abrange mais de 10 estados.
Texto: Jhyenne Gomes
Conhecido pela diversidade de espécies vegetais e animais e por ser o berço das águas afluentes que formam as principais bacias hidrográficas do Brasil, o Cerrado continua correndo perigo.
Segundo dados divulgados pelo Governo Federal, entre agosto de 2022 e julho de 2023, o bioma perdeu o equivalente a 6.341 km². Entre agosto de 2023 e julho de 2024, houve um aumento de 9% na área desmatada, o que corresponde a mais 7.015 km² de Cerrado destruído.
Além disso, nos últimos dois meses, temos testemunhado imagens impressionantes e devastadoras do nosso Cerrado em chamas. O período de seca, somado à suspeita de ações criminosas, tem destruído áreas enormes, causando danos ao bioma e às pessoas que vivem em meio ao fogo, poeira e cinzas.
Segundo dados fornecidos pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre 8 e 10 de setembro, o Brasil registrou 8.520 focos de incêndio, o que representa 69% de todos os focos de incêndio na América do Sul. Destes, 50,1% (4.267) ocorreram em áreas de Cerrado.
O serviço público de fiscalização e monitoramento é a principal ferramenta para frear a devastação do Cerrado. Nesse contexto, o Sindsema não poderia deixar de exaltar as trabalhadoras e trabalhadores do SISEMA que têm atuado na defesa do bioma de forma incansável, mesmo sem o devido investimento.
Queremos salários dignos, reconhecimento e valorização das carreiras no meio ambiente; queremos concursos públicos e formação continuada. A devastação do Cerrado só será evitada com o investimento no serviço público!
Fontes: IBAMA, Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, INPE e Agência Brasil.
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