No último 8 de março, Dia Internacional de luta das Mulheres, a presidenta do SINDSEMA MG, Regina Pimenta, e a diretora do Sindicato, Tatiana Botelho, foram até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais para conversar com as deputadas eleitas e reeleitas no pleito de 2022.
Regina e Tatiana entrevistaram algumas das parlamentares com objetivo de ouvi-las sobre as pautas de interesse para mulheres em disputa na ALMG, o papel delas na política e as batalhas e dificuldades para os próximos quatro anos de mandato.
As conversas resultaram em um programa CONEXÃO SINDSEMA ESPECIAL MULHERES, que estreia nesta sexta-feira, dia 10 de março. A ideia do programa é prestar homenagem a estas parlamentares e às mulheres mineiras, que estão sempre na luta por seus direitos, também alertar a sociedade sobre os diversos desafios e preconceitos que elas ainda enfrentam ao optar por seguir uma trajetória na política brasileira.
Mais mulheres na política!
Apesar da ainda pouca representação em esferas de poder, as mulheres foram a maioria das pessoas aptas a votar nas últimas eleições (52,65%).
Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entre os 25 novos deputados eleitos, 16 são homens e apenas nove mulheres. Considerando o total de parlamentares eleitos, são 62 homens e 15 mulheres. Apesar de a bancada feminina representar apenas 19% do total, esse é o maior número de deputadas da história da ALMG. O recorde anterior, alcançado nos pleitos de 2003 e de 2018, era de dez mulheres eleitas.
Na Câmara dos Deputados em Brasília, a bancada feminina será maior que a atual. Em 2018, foram eleitas 77 mulheres (15% do total de deputados). Em 2022, foram 91 deputadas eleitas, o que representa 17,7% do total.
A bancada feminina na Câmara terá ainda, pela primeira vez na história, duas deputadas trans: Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).
Já no Senado, a nova Legislatura tem um número menor de mulheres: 10. No início da Legislatura anterior, em 2019, eram 12. Apenas quatro senadoras foram eleitas nas eleições de 2022.
Apesar de ter ocorrido significativo aumento no último período, ainda há sub-representação feminina no Parlamento em relação aos dados globais. A participação das mulheres nos parlamentos é de 26,4% em média, segundo a União Interparlamentar (UIP), organização global que reúne 193 países. Ranking da mesma instituição coloca o Brasil no 146° lugar na participação de mulheres na política, entre os 193 países analisados.
Leis tentam garantir participação política das mulheres
A legislação eleitoral brasileira traz incentivos às candidaturas femininas. Os partidos devem indicar 30% de mulheres para candidaturas à Câmara dos Deputados, e as candidaturas femininas têm direito a 30% dos recursos do Fundo Eleitoral e 30% do horário eleitoral de rádio e TV. Além disso, a partir de 2022, os votos dados a candidatas mulheres para deputada contam em dobro para a distribuição do Fundo Partidário e do tempo de TV dos partidos.
> Assista aqui a todos os programas CONEXÃO SINDSEMA.
Deixe um comentário