Vistoria vai avaliar condições de segurança para ANM verificar se muda ou não o alerta de rompimento, conforme a Vale. Na sexta-feira, comunidades foram retiradas após nível de alerta para rompimento da Barragem Sul Superior subir para 2.
A barragem Sul Superior, da mina de Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas, passa por uma inspeção técnica neste domingo para avaliar a segurança da estrutura. Por causa do risco do rompimento, moradores do entorno da estrutura tiveram que sair às pressas de casa na madrugada de sexta-feira (8).
Neste domingo a Vale informou que participavam da vistoria, uma empresa alemã – que não é TUV SUD, que atestou a segurança em Brumadinho – mas que não teve o nome revelado; e a consultoria Walm que negou a Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem Sul Superior; além de técnicos da Agência Nacional de Mineração (ANM); e da própria Vale. Já na segunda-feira (11), a Vale disse que apenas a empresa alemã é a responsável pela vistoria. A mineradora afirmou ainda que o nome da empresa não será divulgado.
A vistoria vai avaliar novamente as condições de segurança para a ANM verificar se muda ou não o alerta de rompimento da barragem, conforme a Vale. Não há prazo para que o novo parecer seja emitido.
Ainda segundo a mineradora, até a emissão desse novo laudo, o nível de alerta permanecerá como “nível 2”.
Conforme números divulgados pela Vale neste sábado (9), 243 pessoas retiradas de casa foram alocadas em hotéis e outras 244, em casas de parentes – num total de 487 moradores.
A retirada, feita como medida preventiva, segundo a Defesa Civil, ocorreu nas comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila Congo. A Vale informou que, até a noite desta sexta, 31 pessoas haviam se recusado a deixar as casas.
A Barragem Superior Sul, de Barão de Cocais, está entre as dez que a Vale pretende eliminar. Ela foi construída pelo método de “alteamento a montante”. Considerado ultrapassado e menos seguro do que outras alternativas existentes, ele é o mesmo usado na construção de barragens que se romperam em Mariana, em novembro de 2015, e em Brumadinho, em 25 de janeiro deste ano.
FONTE: G1