Deputados alegam que é para ‘garantir a organização dos trabalhos e a segurança de todos’. Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais classificou a deliberação de ‘antidemocrática’.
Começou a valer nesta terça-feira (19) a deliberação 2.700 da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que proíbe o acesso da imprensa à antessala do plenário. De acordo com o texto, o objetivo é “garantir a organização dos trabalhos e a segurança de todos”.
Para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, a atitude é uma das “mais antidemocráticas da história da Assembleia Legislativa de Minas Gerais”. A partir de agora, os jornalistas, que antes circulavam livremente na Casa, terão a entrada condicionada à identificação prévia a ser realizada pela Diretoria de Polícia Legislativa (DPol).
Segundo a ALMG, “a implementação se dará em etapas, sendo a primeira delas a adoção, já a partir desta terça (19), de novas regras para acesso às dependências contíguas ao Plenário (Salão Vermelho, Antessala e Sala de Imprensa)”.
Ainda de acordo com a nota, “os jornalistas credenciados vão contar com a Sala de Imprensa, de uso exclusivo desses profissionais, para realização de entrevistas individuais ou coletivas, cobertura de eventos e acompanhamento das reuniões de plenário”.
Para o sindicato, a proibição do acesso é “um desrespeito ao trabalho da imprensa, e, sobretudo, um desrespeito ao cidadão, pois dificulta que a informação seja transmitida para a sociedade”.
Os deputados Agostinho Patrus (PV), Antonio Carlos Arantes (PSDB), Cristiano Silveira (PT), Alencar da Silveira Jr. (PDT), Tadeu Martins Leite (MDB), Carlos Henrique (PRB) e Arlen Santiago (PTB) assinaram a deliberação.
Em nota, “o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais repudia essa deliberação e vai lutar de todas as maneiras para que ela não siga adiante”.
FONTE: G1