Estudo conclui que nenhum exemplar da espécie foi visto nas florestas desde o ano 2000
Um dos maiores símbolos da fauna brasileira, a ararinha-azul – famosa pelo filme “Rio” e “Rio 2” – já é considerada extinta na natureza. Na prática, isso significa que a espécie não pode ser mais encontrada no modo de vida selvagem. A última vez que um exemplar da ave foi visto nas florestas brasileiras foi no ano 2000.
A constatação veio de um estudo que durou oito anos, coordenado pela BridLife Internacional, responsável pela classificação de aves na Lista Vermelha da União Internacional para a Conversação da Natureza (IUCN, da sigla em inglês). A entidade recomenda a reclassificação de categoria desses animais.
Embora tenha sido dizimada na natureza, existe uma esperança para a espécie. Cerca de 17o indivíduos estão vivo em criadouros espalhados pelo mundo, sendo dois principais deles localizados no Estado da Bahia.
Em junho, o governo federal anunciou a criação da Área de Proteção Ambiental da Ararinha Azul e o Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha Azul, ambos para um projeto de reintrodução da espécie. “O ciclo da ararinha-azul na natureza selvagem é finito, mas estamos trabalhando para que esse quadro mude dentro de alguns anos”, afirma Albert Aguiar, coordenador de projetos da ONG da Save Brasil, braço da BirdLife International.
Estratégia. A previsão é que os 170 indivíduos sejam reintegrados à natureza a partir de 2021. “Eles serão acompanhados e, devido à sua importância, uma nova avaliação deve ser feita em três anos depois. Nosso objetivo é que a espécie seja repassada para a categoria criticamente em perigo, ou seja, que corre risco, mas que pode ser vista livre de novo”, explica o coordenador.
De acordo com Aguiar, há a suspeita que uma ararinha-azul tenha sido filmada na natureza há dois anos, na Bahia, o que não foi confirmado. “ O que vemos no vídeo parece ser um exemplar da espécie. Só que, infelizmente, o material não pôde ser usado como prova pela falta de determinados critérios. Mas, que sabe, não era mesmo?”, diz, esperançoso.
Outras quatro espécies nativas do Brasil estão totalmente extintas: o gritador-do-nordeste ( Cichlocolaptes mazarbarnetti), o limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi), o caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum) e arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus).
Ação combate desmatamento em 16 Estados
São Paulo. Unidades do Ministério Público de 16 Estados deflagraram, nesta segunda-feira (10) uma operação nacional para combater desmatamento em áreas Mata Atlântica. A previsão é que Operação Nacional Mata Atlântica dure até esta quarta-feira (12).
Em Minas Gerais e no Ceará, as ações devem se estender por um dia a mais. A Operação Nacional Mata Atlântica busca a proteção e a recuperação do bioma a partir da identificação das áreas degradadas nos últimos anos e dos responsáveis pelas agressões, para cobrar a reparação dos danos e outras medidas compensatórias.
A fiscalização será conduzida e coordenada por equipes formadas por representantes dos Ministérios Públicos, órgãos públicos ambientais e polícias ambientais de cada Estado participante, a partir da organização e planejamento idealizados pelo Ministério Publico do Paraná. Os resultado da operação serão apresentados na próxima quinta-feira, dia 13.
FONTE: O tempo
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