O Governo de Minas Gerais, na última semana, adiou a assinatura do decreto que oficializa a criação do Parque Estadual da Serra Negra da Mantiqueira, na Zona da Mata. A criação da unidade de conservação estava prevista para ocorrer durante a última semana, nas comemorações da Semana do Meio Ambiente. Esse atraso sensibilizou muitas pessoas favoráveis à iniciativa e, desde ontem, um abaixo assinado vem movimentando as redes sociais. Em menos de 24 horas, a iniciativa colheu quase 1500 assinaturas. “Ficamos muito felizes ao ver a participação das pessoas que apoiam a criação do parque. Muitas delas, no período de consulta pública, não conseguiram se manifestar com receio de represálias e agora tivemos esse retorno positivo através do abaixo assinado”, afirma Arthur Valente, coordenador das unidades de conservação do Instituto Estadual de Florestas (IEF) regional Mata.
Entenda o projeto
Entre os meses de setembro e novembro de 2017, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) realizou uma consulta pública sobre o projeto de criação do Parque Estadual da Serra Negra da Mantiqueira, na Zona da Mata. A ação envolveu diversos moradores dos municípios de Lima Duarte, Olaria, Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde, que compõem a área proposta para fazer parte do novo parque.
Após ouvir as demandas da população, houve uma redução na área proposta, sobretudo no lado sul da serra, em Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde. A unidade de conservação de proteção integral teria 6.800 hectares, porém na proposta final a área passou a ser de cerca de 4.300 hectares. Cuidadosamente elaborado, o limite proposto engloba somente a rica vegetação natural de florestas e campos de altitude do bioma Mata Atlântica, preservando assim a natureza e o produtor rural.
Benefícios para os municípios
Segundo o IEF, além da preservação ambiental, os municípios integrantes da área do parque também teriam o aumento do repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Ecológico. E a iniciativa teria reflexos na geração de emprego e renda por meio do turismo ecológico sustentável; da valorização da cultura e dos produtos locais, pela promoção de eventos culturais, sociais e ambientais; e pela integração em âmbito estadual e nacional no circuito de Unidades de Conservação.
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