Na primeira quinzena de março, o Sindsema se reuniu de forma virtual com as regionais Centro Sul, Noroeste, Sul e Zona da Mata. Alguns itens de pauta tem sido frequentes em todas as Suprams, com a questão do PEA, metas com excesso de demandas, causando estresse nos servidores, redução de pessoal e condições precárias de trabalho, como espaço físico inadequado e frota de carros sucateadas e sem motorista para o trabalho de campo.
A ansiedade pela implementação do Plano de Carreira homologado na justiça e a luta contra a perda de direitos também vem sendo ponto de pauta em todas as regionais. Além das dificuldades comuns a todos, cada regional apresentou algumas dificuldades específicas, listadas a seguir:
Centro Sul
Na Centro Sul, as horas extras trabalhadas, principalmente nas Unidades de Conservação e Parques nos finais de semana, e não pagas nem computadas no banco de horas, são motivo de muita reclamação por parte dos servidores. Ações judiciais para reposicionamento por escolaridade, promoção e progressão na carreira e pagamento de direitos represados pelo Estado, além da falta de apoio técnico e gastos do servidor com equipamentos no teletrabalho foram apontados na reunião.
Noroeste
Na Noroeste, a falta de equipe multidisciplinar para análises de processos foi muito criticada. A ausência das reservas legais nas metas do PEA e o estresse no fechamento das mesmas também foi pauta. Com dois servidores para cobrir 22 municípios na fiscalização, pediram concurso público urgente para reposição de pessoal.
Sul
O excesso de cobrança das metas do PEA, falta de pessoal técnico e falta de carros para vistoria, foram dificuldades informadas pelos servidores da Regional Sul de Minas. Outras Suprams encaminham processos antigos do passivo, o que torna difícil a análise e parecer em tempo hábil. O pagamento de GDAF para uns e não para todos, além da falta de transparência na redistribuição das mesmas causou insatisfação e um pedido de explicação dos servidores à Semad. A falta de estrutura para receber animais nas unidades também foi citada.
Zona da Mata
Na Zona da Mata, foi eleita uma representante regional sindical, a servidora Camila Freitas. Em seguida os servidores demonstraram a insatisfação com as condições precárias de trabalho na região. Prédios antigos e sucateados, com mofo e falta de água, além dos problemas de adoecimento. A regional possui 05 núcleos, e apenas um tem assessor jurídico, o que torna difícil bater as metas exigidas pelo PEA. Devido às queixas de falta de estrutura e material de limpeza nos locais de trabalho, servidores da diretoria de administração e finanças justificaram, citando a redução de pessoal nos últimos anos, com a perda de 10 servidores, sem reposição. Quanto ao teletrabalho, os servidores reclamaram a falta de empatia das chefias, com os horários das reuniões, que se estendem durante o almoço, causando transtorno para quem tem filhos menores.
Retorno
A presidente do sindicato, Regina Pimenta, participou de todas as rodas de conversa com as regionais e deixou claro que sua gestão será de muito diálogo com as regionais. Que devido à pandemia não vem sendo visitada pelo sindicato, mas que todas as regionais terão reuniões periódicas e isso será uma constante dessa nova direção.
Regina convocou os servidores para participarem das lutas contra a retirada de direitos e do desmonte do serviço público, em tramitação no Congresso Nacional, através da PEC 32. Explicou como o sindicato está investindo nessa luta conjunta com outras categorias e citou como exemplo o movimento Basta!!, que congrega mais de 250 entidades sindicais em todo o país.
Ela firmou o compromisso com todas, de um retorno em breve, após reunião de negociação com a Semad e divulgou os canais de comunicação do sindicato, para acesso a todas as movimentações do sindicato, principalmente no jurídico, com boletins periódicos de todas as ações coletivas e individuais ajuizadas.
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