Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as mudanças climáticas se referem a transformações de longo prazo nas temperaturas e nos padrões climáticos. Essas mudanças podem ser naturais, como por meio de variações no ciclo solar. Mas desde 1800, as atividades humanas, como o desmatamento e as queimadas, têm sido o principal fator da mudança climática causadora do aquecimento global, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás.
As mudanças climáticas trazem inúmeros reflexos negativos, como temperaturas extremas, tempestades e/ou secas intensas, desgaste e empobrecimento do solo, elevação do nível do mar e derretimento de geleiras.
Por isso, o dia 16 de março foi instituído nacional como uma de “Conscientização sobre as Mudanças Climáticas”, com objetivo de alertar a sociedade das necessidades de redução dos impactos ambientais no Planeta Terra.
Com dados tão alarmantes, é muito importante a reflexão a respeito das responsabilidades a serem assumidas – por governos, empresas, e por nós, como cidadãos. Claro, o maior papel está sob a responsabilidade dos países e de suas políticas públicas para reduzir os impactos ambientais. Porém, ações simples como evitar desperdício de papel, de água e energia podem contribuir para poupar os recursos disponíveis na natureza, preservando a vida das futuras gerações.
Estado elabora Plano de Ação Climática
O Plano Estadual de Ação Climática de Minas Gerais (PLAC-MG) vai direcionar o Estado no caminho do desenvolvimento sustentável de baixo carbono e da resiliência aos efeitos da mudança do clima. Recentemente, passou por várias etapas técnicas, estudos específicos e também contou com a participação social por meio de oficinas regionais e consulta pública.
O PLAC-MG é um plano de mitigação e adaptação que apresenta o planejamento das ações climáticas para as próximas décadas no âmbito governamental, alinhado com aquilo que é necessário em nível local para contribuir com a comunidade global no que se refere às fontes das causas do fenômeno das mudanças climáticas, através de uma trajetória viável para alcançar a neutralidade de emissões líquidas de gases de efeito estufa no estado até 2050, além de contribuir no avanço da proteção, adaptação e resiliência do território estadual frentes às principais ameaças e riscos decorrentes dos cenários climáticos futuros.
Segundo um estudo da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), divulgado em 2015, para o estado de Minas Gerais já é esperado um aumento de temperatura, que, de forma conservadora, pode alcançar de 2 a 4°C e, em cenários mais pessimistas, atinge 3 a 5°C, até 2100. Estima-se que desde 2008, eventos climáticos extremos como chuvas intensas e secas prolongadas tenham custado 12,8 bilhões de reais ao estado. Caso nada seja feito, os custos dos impactos para a economia mineira decorrentes das mudanças climáticas podem alcançar R$ 450 bilhões até 2050.
Preservar as florestas é essencial
No Brasil, a maior parte das emissões de GEEs na atmosfera é causada pelo desmatamento. Quando se desmata uma floresta, seja por corte ou queimadas, há liberação de uma grande quantidade de carbono na forma de CO2 para a atmosfera. As florestas são grandes depósitos de carbono, inclusive o solo.
Por esta razão, manter as florestas de pé e recompor áreas desmatadas é um importante mecanismo de contribuição para a mitigação dos efeitos do aquecimento global na Terra, além de contribuir para a manutenção dos serviços ecossistêmicos – responsáveis por diversos benefícios que garantem as condições e processos para a vida e que, de maneira direta ou indireta, contribuem para a sobrevivência e o bem-estar humano, como regulação climática e hídrica, conservação da biodiversidade, fertilidade dos solos e ciclagem de nutrientes, polinização, belezas cênicas e outros.
O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) foi enfático: as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos são irreversíveis e os impactos das alterações do clima, com “inequívoca” influência humana, já estão afetando todas as regiões da Terra, com eventos extremos ocorrendo mais rápido, de modo generalizado e intensificado.
De acordo com o documento, caso se mantenha o atual ritmo de emissões de gases com efeito estufa, a temperatura global pode subir mais de dois graus até 2100. Esse aumento acarretaria em mais acontecimentos climáticos extremos, como aumento significativo do nível dos oceanos, ondas de calor, chuvas fortes, secas e ciclones tropicais provocados pelo aquecimento global.
Conexão Sindsema aborda temas relevantes
O programa CONEXÃO SINDSEMA já trouxe em seus episódios diversos tremas relacionados à preservação dos biomas, da fauna e, principalmente, sobre a questão da água. Reveja a íntegra dos programas abaixo:
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